Requalificação do terminal atrai iniciativa privada

O projeto do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto do Recife, apresentado ontem na Associação Comercial de Pernambuco, e orçado em R$ 11,5 milhões, vem despertando o interesse da iniciativa privada e do governo federal – decidido a investir nos portos das cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014.

“A qualidade do projeto nos colocou numa situação sui generis. Grandes operadores do turismo marítimo como o Royal Caribeans, o MSC e o Concais, que opera os terminais dos portos de Santos, em São Paulo, e o Píer Mauá, no Rio de Janeiro, estão dispostos a bancar o terminal. Mas vamos aguardar a decisão do governo antes de lançarmos o edital exclusivamente para a iniciativa privada”, afirmou o presidente do Porto do Recife, Alexandre Catão. Segundo ele, no próximo dia 4, o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, irá reunir-se com o grupo executivo que trata das obras da Copa do Mundo e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e poderá sair com uma resposta definitiva sobre a sinalização de recursos para o terminal como parte da infraestrutura para a Copa. Até o final de agosto será concluído o termo de referência que dará base do edital de licitação do projeto. A construção levará de oito a 18 meses e poderá ser em duas etapas, dependendo dos recursos disponíveis.

A dragagem do Porto do Recife e a apresentação do projeto executivo do terminal, com a planilha de custos, segundo Alexandre Catão, favorece a obtenção das verbas federais.
Mesmo com interessados declarados, ele apresentará o Terminal na Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar), em São Paulo, até o próximo dia 15 de agosto e, na próxima segunda-feira, 3 de agosto, receberá, no Recife, o empresário César Floriano, dono do Concais e do Pier Mauá – os dois únicos terminais marítimos do Brasil administrados pela iniciativa privada e que movimentam, juntos, cerca de um milhão de passageiros por temporada.

De acordo com Catão, o terminal poderá entrar em operação na temporada 2010/2011. O projeto, desenvolvido pelo arquiteto Moisés Agamenon, irá ocupar uma área de 18.700 metros quadrados, dos quais 7.800 serão de área construída, transformando o armazém 7 num edifício com três pavimentos onde ficarão os salões de embarque e desembarque de passageiros, espaços para a Receita Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Memorial do Porto do Recife. Ligada por uma passarela, será construída a Sala Pernambuco, onde funcionará a parte administrativa, estacionamento e check in de embarque. A primeira etapa, de R$ 5,3 milhões, irá ocupar 2.000 metros quadrados.

Autor: Jornal do Commercio